sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Aprofundando os relacionamentos


 O namoro cristão possui três fases. Hoje, vou falar um pouco sobre a fase intermediária, tempo de aprofundamento. Infelizmente, conhecemos casais que namoram anos, mas se separam. Outros, permanecem casados, mas dizem desconhecer a pessoa com quem se casaram! “Ele não era assim!”
É certo que algumas coisas só se percebem depois do casamento, porém, este excesso de surpresa se deve a um conhecimento superficial no namoro. Namorados que não frequentam a casa um do outro, que não conversam nem se entrosam com a família; não dialogam para tentar resolver os problemas, com certeza terão problemas no futuro. Muitos casais conversam, mas deixam de tocar em pontos fundamentais da relação, preocupando-se apenas com coisas superficiais e não falando de futuro, principalmente naqueles relacionamentos que começam sem visar o matrimônio, onde o compromisso é muito pouco e, às vezes, o casamento é decidido em cima da hora, num impulso. Quando o casamento é feito às pressas por gravidez, pressão financeira ou por querer fugir dos problemas da família de origem, o resultado é muito mais desastroso.


 Viver o tempo do outro
 “Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo do céus.” Essa frase é bem conhecida, pois foi tirada do livro de Eclesiastes da Sagrada Escritura, no capítulo 3.
Se essa verdade diz que para tudo há um tempo, logo, nós humanos também temos o nosso tempo. Cada um vive o seu tempo. “Amar é viver o tempo do outro”, disse uma vez padre Fábio de Melo.
É diferente quando queremos, por interesse, que o outro viva o nosso tempo. Isso não é amor, é egoísmo.
Amar é doação. Aquele que ama dá sua vida, ou seja, o seu tempo ao seu amado. O autor do amor deixa de viver o seu tempo para se fazer presente para o outro, gastar-se, doar-se, estar ao seu lado mesmo sem lhe dirigir uma palavra.
Nós temos o nosso tempo e Deus tem o d’Ele. São dois momentos distintos. Deus Pai deixa de viver o Seu tempo para viver o nosso. Uma das realidades mais concretas disso, na qual Deus viveu o nosso tempo, foi Jesus ter se encarnado e habitado no meio de nós (cf. João 1,14). Jesus viveu em tudo a condição humana, exceto o pecado (cf. Hb 4, 15). Cristo viveu o nosso tempo e o viverá sempre.

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